30/11/2010

Insone

Para a maioria deve ser estranho me ver escrever as 21:30 de uma terça feira reclamando de insônia, mas a verdade é que apesar de dormir bem normalmente, hoje meu sono foi interrompido pela campainha as 16:30 e não consegui dormir tudo o que precisava. Como preciso dormir ao menos 9 horas para me sentir bem (sempre fui dorminhoca, não me recriminem) teria que ter ido initerruptamente até as 18:00 para acordar numa boa. De toda forma, se não fosse o calor e a barulheira da rua talvez conseguisse dormir mais um pouquinho agora a noite; fiquei na vontade.

A campainha tocou pra entregar uma edição de uma revista que não solicitei, li e não gostei. Não faz diferença dizer qual, a maioria das pessoas (ao menos mulheres) provavelmente gostaria do presente, é uma revista feminina nova, daquelas recheadas de roupas e acessórios caríssimos, feitos exclusivamente para mulheres magérrimas e com várias horas disponíveis para cabelo e maquiagem. Nada a ver comigo.

Quem me conhece melhor sabe que estou mau humorada: sem dormir fico azeda, impossível.

Tenho tido muitos problemas com o excesso de ruídos que me cerca: fico irritada com campainhas, buzinas, o flautista vizinho que ensaia horas a mesma nota. Acho que as pessoas não conseguem ficar em silêncio, acostumaram com os barulhos que tiram sua atenção de outros problemas mais reais. Chega em casa: liga a televisão bem alto, não interessa o programa. Tá no transito: liga o som no talo, se for um funk então melhor ainda, azar se quem está do seu lado não gosta. As pessoas perderam o resto da educação e do senso de coletividade. Não são todas, é claro, mas...

No ônibus as vezes somos obrigados a ouvir o programa do vizinho que, mesmo com fones de ouvido, é altíssimo. Hoje perdi a paciência com o morador do lado: a filha chegou da escola e tocou campainha (daquelas que fazem péeeeeeeeeeemmmmmmmmmmm) cinco minutos inteiros (dedo no botãozinho direto) bem na hora que eu estava quase conseguindo cochilar de novo.

Sem falar no telefone, aquele instrumento precioso de comunicação através do qual os bancos (da onde você não é correntista), administradoras de cartão de crédito (que você não tem), instiuições de caridade e desocupados de plantão te incomodam sem ser solicitados, não aceitando não como resposta.

Exagero? Talvez. Nada que uma boa "noite" de sono não cure.