20/09/2012

Queria falar uma coisa

Não era meu intuito gastar um post pra dar essa opinião mas acabei refletindo e achando que valia a pena o registro.

Passeando pela internet vi a seguinte chamada: "Depois de reclamar roubo de imagens íntimas, Carolina Dieckmann publica foto na banheira" a reportagem saiu no portal do Estado de Minas e eu li aqui.

Na mesma página eu li outra chamada: "Estudante brasileira que leiloa virgindade já conseguiu R$ 130 mil em 4 dias" (a matéria está aqui).

Aí fiquei pensando: os valores de privacidade com certeza mudaram nos últimos anos; comportamentos antes considerados vulgares e inapropriados para mulheres hoje são vistos como normais e sinônimo de "poder" e alta auto estima.

Não tem muito tempo escrevi outro post sobre esta questão dos valores da sociedade atual (aqui para quem quiser). 

Por favor entendam que o que escrevo é minha opinião e além de não haver nenhuma compensação financeira não há nenhum intuito em se promover ou denegrir ninguém.

No caso da Carolina Dieckmann eu penso o seguinte: quando ela posta uma foto dela na banheira, foto que aliás mostra apenas partes dos braços e pernas dela, ela escolheu aquela foto e achou que não havia problemas do filho dela adolescente, seus amigos e familiares a vissem. 

Por outro lado, quando uma pessoa mal intencionada, se apropria de um conteúdo particular (fotos pessoais que estavam salvas em um computador pessoal) e o utiliza para chantagem ou o expõe sem autorização isto é um crime e ela reclamou/ denunciou exercendo seu direito à privacidade.

Existe uma diferença bem grande entre as fotos que "vazaram" na mídia há um tempo atrás (tinha até um nu frontal) e esta foto de agora (que podia muito bem até ser a divulgação de um novo trabalho) e deveria existir uma separação entre a exposição da atriz Carolina Dieckmann e de seu trabalho e da pessoa Carolina Dieckman, mãe, esposa, ser humano com limitações e defeitos.

Não estou aqui julgando/defendendo seu comportamento, nem a conheço para tal, mas registro que acredito no direito que ela (e todos os outros famosos) tem de se indignar com a falta de respeito da mídia em relação a sua(s) vida(s) pessoal(ais).

Aí vamos ao outro extremo: o caso da moça da virgindade leiloada. 

Longe de mim falar que ela está errada de colocar preço em algo que lhe pertence, mas confesso que fiquei um pouco triste ao constatar que esta idéia de leiloar a virgindade veio de uma terceira pessoa, que reuniu jovens de diversas partes do mundo para conduzir um documentário e que as familias destes jovens os apoiam em suas escolhas (além das pessoas que estão dando lances no leilão).

Gente, até aceito pensar "ahhh... já que um dia você vai mesmo perder a virgindade, por que não ganhar uma grana com isso?" (e não quero falar sobre prostituição aqui por que não sou contra as pessoas que fazem sexo por dinheiro mas gostaria que as circunstâncias em que elas o fazem fossem melhores) mas fico pensando é no seguinte: como será pra essa moça, que nunca teve uma experiência sexual de penetração vaginal (sem hipocrisia: sexo oral e anal deixam o hímem intacto) deixar uma pessoa que ela nunca viu (e que não necessariamente será uma pessoa gentil e agradável) faça sexo com ela pela primeira vez?

E se antes de acabar o documentário/ leilão ela conhecer uma pessoa especial e quiser perder a virgindade com ela, o que será que vai falar mais alto?

Temos sido bombardeados por conceitos diferentes, músicas que comparam as mulheres a objetos (ou animais), novelas/ filmes/seriados em que a falta de caráter é vista como sinônimo de poder e fonte de orgulho. A impunidade para o preconceito ainda é grande, as possibilidades na internet são infinitas, mas algumas coisas são insubstituíveis e o tempo nunca volta.

Outro dia li uma frase no facebook atribuída ao Pablo Neruda, que era mais ou menos assim: você é livre para fazer suas escolhas, mas é refém das consequências.

Nessas duas publicações do jornal havia comentários de pessoas que também leram a matéria (confesso que não registrei lá minha opinião por pura preguiça de fazer o tal cadastro para publicar um comentário). Vi gente ofendendo gratuitamente a atriz e a menina, fazendo comentários agressivos. 

Não sei se as pessoas refletem sobre o que leem, se absorvem aquela informação e a replicam ou se as notícias como esta são logo substituídas por um resultado de um jogo de futebol ou um capítulo da próxima novela, mas acho que em algum momento vamos ter que pensar se esta é a vida que realmente queremos levar ou se seremos por ela levados, chegando a achar normal e louvável certos comportamentos e criticando duramente situações absurdas.

05/08/2012

Novos olhos

Gosto de escrever; as vezes acho até que faço uma poesia :-), no meu tumblr tem umas coisinhas pra quem tiver curiosidade...

Mas o post é pra falar de um filme que vi no fim de semana passado. Confesso que acabei baixando o filme na internet, não sei se ele já (ou ainda) está no cinema, mas não é um filme que eu acho que vá passar (ou tenha passado) no circuito comercial, aqui em BH passaria lá no Belas Artes.
A sinopse do site onde baixei, que não sei se é a original, não faz jus ao conteúdo do filme e tira sua beleza, mas de um ponto de vista objetivo a história é essa mesma.

O filme chama-se Poesia, e o resumo que eu achei é esse:

Mija (Yun Jeong-hie) vive com seu neto em uma cidade perto do rio Han. Ela adora se vestir de forma excêntrica, sendo também questionadora e inquieta. Seu novo desejo é aprender a fazer poesia, o que a leva a um curso especializado em um centro cultural perto de sua casa. O curso faz com que apure sua observação do cotidiano, de forma a ter inspiração para seus versos. Paralelamente, ela precisa lidar com uma confusão causada por seu neto, que faz com que tenha que conseguir uma alta quantia em pouco tempo.

O trailer abaixo está com legenda em inglês mas o filme que eu baixei tem a legenda em português.


Foi uma grata surpresa e eu recomendo.

04/08/2012

Programa cultural para fins de tarde livres em BH em Agosto

A mostra História permanente do cinema, em cartaz começou hoje no Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes aqui em BH. O primeiro filme exibido nesta quinta-feira, 02/08, às 17h, foi o clássico Pacto de sangue (1944), dirigido pelo norte-americano Billy Wilder. Indicado a sete categorias do Oscar, o longa tem Fred MacMurray e Bárbara Stanwyck nos papéis principais.
 
Os cinco longas da programação dialogam com fitas exibidas nas mostras  Cores do noir e Chaplin, também em cartaz este mês. 
 
  • Dia 9, o público poderá conferir Dália azul (1946), com direção de George Marshall e roteiro de Raymond Chandler. 
  • Dia 16, será a vez de um clássico de Charlie Chaplin: Luzes da ribalta (1952). 
  • Dia 23, outra fita dele: Em busca do ouro (1925). 
  • Um rei em Nova York, penúltima produção de Carlitos, estará em cartaz no dia 30.
A sala fica na Avenida Afonso Pena, 1.534, Centro. As sessões tem entrada franca.
 
Vi no Divirta-se, confiram a programação e aproveitem!

03/08/2012

Opinião

As vezes tenho tantas opiniões, fico com vontade de sair por aí sacudindo as pessoas pelos ombros, falar: ow, acorda pra vida! Presta atenção no que você está "engolindo".

Aí a vontade passa, consigo entender que cada um pensa de um jeito, que nem sempre estou certa e que há milhares de "verdades" dentro de uma situação.

Hoje estava refletindo sobre moda, status. Uma pessoa "famosa" postou uma foto de biquini para rebater críticas de que ela estaria gorda em um desfile. Não dá pra achar que ela estava gorda de jeito nenhum, o corpo dela é muito atlético por sinal, mas a roupa que ela estava usando não favoreceu seu tipo físico e ficou mesmo parecendo que ela estava acima do peso.

Quer a gente queira, quer não, o visual ainda é extremamente valorizado na nossa cultura, os padrões de beleza até estão mudando, mas a questão é que a opinião pública ainda importa muito.

Cada vez mais temos modelos e padrões a seguir, pessoas que nos "inspiram" (uso pobre da palavra às vezes, inclusive).

E tudo isso pra quê? Para nos culparmos ou castigarmos até atingir aquele padrão?

Quando uma modelo desfila uma roupa de alta costura, daquelas caríssimas e muitas vezes conceituais, o objetivo é apresentar a visão do estilista, seu desing, muitas vezes um novo tecido, estampa ou acessórios.

Quando uma pessoa "famosa", como essa moça da foto, desfila uma roupa de marca, dessas que se vende em loja e são produzidas em série, ela desfila a mensagem: se você quer ser como eu, vista essa roupa, calce este sapato, use esse esmalte, batom, etc.

O foco nos dois casos é comercial, tanto quem desfila como quem produz a roupa querem mesmo é ganhar dinheiro, vender as roupas (e as modelos venderem seu trabalho); mas para as pessoas a mensagem é diferente.

Comprar um vestido de alta costura traz consigo um status, uma marca registrada, requer um comportamento, um contexto, não basta ir lá e pagar a roupa, tem que saber usá-la. 

Por outro lado, comprar uma roupa de marca, que tal pessoa desfilou, é comprar aquele estilo da pessoa, é se parecer com aquela pessoa, e muitas vezes é uma fuga perfeita para as pessoas "comuns". Uma chance de ser menos comum.

Já quis ter um corpo como o daquela moça, hoje em dia me preocupo em ter uma cabeça diferente da dela, as pessoas não devem ter o direito de me dizer se estou gorda, ou feia, eu mesma sei julgar isso. E apesar de acima do peso sei que estou saudável e tenho conteúdo. Minha beleza (e a dela) passará, o que eu penso pode ficar aí pra sempre.

14/07/2012

Sobre as ausências

Tenho estado ausente todo o tempo.

Com essa frase apenas começo a refletir sobre as escolhas que sou "obrigada" a fazer a todo minuto.

Para escrever este texto, por exemplo deixei de fazer inúmeras outras coisas.

Logo em seguida abandonei as primeiras palavras para me dedicar a "coisas mais urgentes".

Sinto estes momentos de quebra como um tempo precioso em que me roubei de mim mesma, fui contra minha vontade de continuar o que estava fazendo, compelida pela impressão de que deveria estar fazendo alguma outra coisa (as vezes completamente irrelevante para mim).

Nossa vida é repleta de escolhas, cada uma delas nos leva a um caminho e é impossível saber o que teria acontecido se tivéssemos feito algo de outra maneira (ou deixado de fazer).

Tenho lido sobre meditação, tentado controlar a ansiedade, me fazer mais inteira. É um caminho longo e às vezes difícil, mas tem valido a pena.

Minhas ausências tem se tornado "férias", as quebras quero encarar como pausas, mudanças de perspectiva. 

Voltei a criar momentos de relaxamento, a cultivar hobbies (e plantas :-)).

A vida está ganhando novo colorido, quero estar presente todo o tempo.

13/07/2012

Eu e as redes sociais

Criei o blog para dividir pensamentos, idéias interessantes, coisas de que eu gosto. 

Com o tempo fui tendo menos tempo para postar, foram surgindo novas mídias sociais, dividi meus interesses...

Hoje em dia tenho o Pinterest  para imagens, pelo Twitter divulgo notícias que acho interessantes, assuntos rápidos, no Digg ficam notícias mais relevantes a longo prazo (normalmente temas políticos ou relacionados à preservação do meio ambiente), no Facebook estão meus amigos e família, além de páginas que eu curto. 

Hoje criei uma página no Tumblr, um lugar a onde espero postar imagens e textos de minha autoria.

Mantenho o perfil do Orkut, que agora está vinculado ao Google +.

Meu Myspace está em desuso e minha conta no Fancy é mais para inspiração do que para qualquer outra coisa.

Achei interessante exercitar meu senso de moda criando uma conta no Polyvore, tenho meu perfil do Instagram o 20ella200.

Tenho certeza de que ainda terei perfil em milhares de outras mídias sociais, já tive ICQ, já usei o msn, tenho aplicativos no celular que me ajudam a me comunicar e interagir com o mundo, gosto de estar sabendo de tudo.

Agora quero deixar o blog de novo para os textos, reflexões, comentários sobre livros e filmes, quem sabe sobre bons vinhos e restaurantes.

Quem já me segue aqui sinta-se a vontade para conhecer todos estes meus "outros eus" (esqueci que tem uma conta no Youtube também ;-)).

Bem vindos novamente à minha cabeça!!!

11/03/2012

Ja foi enganada?

Eu fui; hoje de tarde. 

Explico: sabe quando você compra um produto por um preço (tá lá na prateleira a plaquinha) e no caixa passa outro? Pois é; aconteceu comigo hoje na @ lá do Boulevard Shopping aqui em BH. 

Peguei uma caixinha de absorvente interno (tipo Ob) da marca Intimus e o preço era R$ 8,95. Do lado dela tinha a mesma caixinha em "promoção" por R$ 9,60 por que vinha com uma latinha pra levar os absorventes na bolsa. 

Fui pro caixa com o Leandro e na hora que a moça estava registrando os produtos meu telefone tocou e me afastei pra atender. Ele pagou a compra e fomos embora. 

Vale registrar que ele tinha visto o preço do tal absorvente e nem se preocupou em conferir a soma lá no monitor do caixa. Também é justo dizer que o monitor é posicionado de forma que você precisa ter o pescoço de uma girafa pra enxergar o que está registrado. Sem contar que até hoje achava que a @ era uma empresa idônea.

Chegando na casa da minha mãe mais tarde sentei pra procurar um outro cupom fiscal e peguei o da Araujo pra conferir; qual não foi a minha surpresa ao ver o preço registrado para o absrovente de R$ 8,95: me cobraram 13,50.

A hora que eu vi o shopping já estava fechado (domingo as lojas aqui fecham as 20:00) e pensei em procurar outra loja da Araujo pra resolver. Pelo valor ser muito pequeno achei que ia ser simples; eu tinha a nota fiscal e o produto...

Aí vim em uma loja que tem perto da minha casa e contei pra vendedora a situação. Ocorre que na loja não tinha o tal absorvente no mesmo tamanho do que eu adquiri (pra quem não sabe esse produto é vendido em tamanhos diferentes de acordo com o fluxo menstrual) mas tinha outros da mesma marca custando os mesmos R$ 8,95 e também tinha o tal "promocional" com a latinha por R$ 9,60 em todos os tamanhos.

Resumo: me falaram que eu tinha que voltar lá no Boulevard Shopping, bem distante da minha casa, pagar o estacionamento de lá de novo, pra ver na loja em que eu comprei o produto se eles me devolviam a diferença.

Falei com a vendedora e com duas pessoas encarregadas (acho que uma era a gerente) e a única coisa que me responderam foi isso. Aqui não tem como resolver. 

Por favor alguém me diga que ainda não fiquei louca e é um absurdo a empresa não me restituir os R$ 4,55 da diferença.

Claro que se eu visse que o produto custava R$ 13,50 (eu teria visto se tivesse outra plaquinha além da de R$ 8,95) eu tinha comprado o "promocional" com a latinha por R$ 9,60!

E claro que não vale a pena me deslocar da minha casa ao shopping e pagar R$ 5,00 de estacionamento só pra tentar receber a diferença do preço de uma caixinha de absorvente.

Então o que me resta é compartilhar aqui a minha #indignação com a referida Drogaria e pedir que as pessoas que lerem este post (e concordarem com ele, é claro) manifestem-se e o divulguem.

Quem sabe a @ não sente #vergonha deste comportamento e me devolve meus R$ 4,55?

Ahhh, mas é tão pouquinho, alguns poderão argumentar; não vale o trabalho. Alguém jão foi ao #procon por causa de R$ 4,55?

Mas e se todo mundo passar por essa situação ao menos uma vez? Quanta grana as empresas ganham em cima de pessoas desatentas que não percebem essa "falha" na hora de registrar o preço e depois não conseguem (ou não acham que vale o tempo e o desgaste - eu fiquei uns 15  minutos tentando) reaver o dinheiro?

Gostamos de reclamar sobre o desvio de grandes cifras, os políticos corruptos e tal; mas e os grãozinhos que enchem o papo de tantas galinhas por aí?
 
Pra comprovar:a foto da minha nota fiscal com o produto e a foto do promocional na outra loja. Lá não tinha o mesmo tamanho que eu comprei mas olha o preço do outro tamanho...



 

09/01/2012