05/08/2012

Novos olhos

Gosto de escrever; as vezes acho até que faço uma poesia :-), no meu tumblr tem umas coisinhas pra quem tiver curiosidade...

Mas o post é pra falar de um filme que vi no fim de semana passado. Confesso que acabei baixando o filme na internet, não sei se ele já (ou ainda) está no cinema, mas não é um filme que eu acho que vá passar (ou tenha passado) no circuito comercial, aqui em BH passaria lá no Belas Artes.
A sinopse do site onde baixei, que não sei se é a original, não faz jus ao conteúdo do filme e tira sua beleza, mas de um ponto de vista objetivo a história é essa mesma.

O filme chama-se Poesia, e o resumo que eu achei é esse:

Mija (Yun Jeong-hie) vive com seu neto em uma cidade perto do rio Han. Ela adora se vestir de forma excêntrica, sendo também questionadora e inquieta. Seu novo desejo é aprender a fazer poesia, o que a leva a um curso especializado em um centro cultural perto de sua casa. O curso faz com que apure sua observação do cotidiano, de forma a ter inspiração para seus versos. Paralelamente, ela precisa lidar com uma confusão causada por seu neto, que faz com que tenha que conseguir uma alta quantia em pouco tempo.

O trailer abaixo está com legenda em inglês mas o filme que eu baixei tem a legenda em português.


Foi uma grata surpresa e eu recomendo.

04/08/2012

Programa cultural para fins de tarde livres em BH em Agosto

A mostra História permanente do cinema, em cartaz começou hoje no Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes aqui em BH. O primeiro filme exibido nesta quinta-feira, 02/08, às 17h, foi o clássico Pacto de sangue (1944), dirigido pelo norte-americano Billy Wilder. Indicado a sete categorias do Oscar, o longa tem Fred MacMurray e Bárbara Stanwyck nos papéis principais.
 
Os cinco longas da programação dialogam com fitas exibidas nas mostras  Cores do noir e Chaplin, também em cartaz este mês. 
 
  • Dia 9, o público poderá conferir Dália azul (1946), com direção de George Marshall e roteiro de Raymond Chandler. 
  • Dia 16, será a vez de um clássico de Charlie Chaplin: Luzes da ribalta (1952). 
  • Dia 23, outra fita dele: Em busca do ouro (1925). 
  • Um rei em Nova York, penúltima produção de Carlitos, estará em cartaz no dia 30.
A sala fica na Avenida Afonso Pena, 1.534, Centro. As sessões tem entrada franca.
 
Vi no Divirta-se, confiram a programação e aproveitem!

03/08/2012

Opinião

As vezes tenho tantas opiniões, fico com vontade de sair por aí sacudindo as pessoas pelos ombros, falar: ow, acorda pra vida! Presta atenção no que você está "engolindo".

Aí a vontade passa, consigo entender que cada um pensa de um jeito, que nem sempre estou certa e que há milhares de "verdades" dentro de uma situação.

Hoje estava refletindo sobre moda, status. Uma pessoa "famosa" postou uma foto de biquini para rebater críticas de que ela estaria gorda em um desfile. Não dá pra achar que ela estava gorda de jeito nenhum, o corpo dela é muito atlético por sinal, mas a roupa que ela estava usando não favoreceu seu tipo físico e ficou mesmo parecendo que ela estava acima do peso.

Quer a gente queira, quer não, o visual ainda é extremamente valorizado na nossa cultura, os padrões de beleza até estão mudando, mas a questão é que a opinião pública ainda importa muito.

Cada vez mais temos modelos e padrões a seguir, pessoas que nos "inspiram" (uso pobre da palavra às vezes, inclusive).

E tudo isso pra quê? Para nos culparmos ou castigarmos até atingir aquele padrão?

Quando uma modelo desfila uma roupa de alta costura, daquelas caríssimas e muitas vezes conceituais, o objetivo é apresentar a visão do estilista, seu desing, muitas vezes um novo tecido, estampa ou acessórios.

Quando uma pessoa "famosa", como essa moça da foto, desfila uma roupa de marca, dessas que se vende em loja e são produzidas em série, ela desfila a mensagem: se você quer ser como eu, vista essa roupa, calce este sapato, use esse esmalte, batom, etc.

O foco nos dois casos é comercial, tanto quem desfila como quem produz a roupa querem mesmo é ganhar dinheiro, vender as roupas (e as modelos venderem seu trabalho); mas para as pessoas a mensagem é diferente.

Comprar um vestido de alta costura traz consigo um status, uma marca registrada, requer um comportamento, um contexto, não basta ir lá e pagar a roupa, tem que saber usá-la. 

Por outro lado, comprar uma roupa de marca, que tal pessoa desfilou, é comprar aquele estilo da pessoa, é se parecer com aquela pessoa, e muitas vezes é uma fuga perfeita para as pessoas "comuns". Uma chance de ser menos comum.

Já quis ter um corpo como o daquela moça, hoje em dia me preocupo em ter uma cabeça diferente da dela, as pessoas não devem ter o direito de me dizer se estou gorda, ou feia, eu mesma sei julgar isso. E apesar de acima do peso sei que estou saudável e tenho conteúdo. Minha beleza (e a dela) passará, o que eu penso pode ficar aí pra sempre.